Crime virtual
O termo hacker é usado para representar diversos tipos de crimes virtuais. Nesse universo, porém, há diversos tipos de ataques diferentes, que podem ser classificados em cinco classes principais: crianças de scripts, hacktivistas, eMugger, ninja peso pesado e soldados virtuais.
De acordo com a IMS Brasil, as crianças de scripts são hackers normalmente adolescentes, que na maioria das vezes fazem seus ataques durante a madrugada. Costumam invadir computadores usando programas criados por outras pessoas e não têm muito conhecimento sobre como eles funcionam.
Esse tipo de hacker não é considerado um dos piores do mundo virtual e sua motivação principal não é o dinheiro, mas sim o prazer de fazer algo errado. Houve um caso, por exemplo, de um garoto de 18 anos ter sequestrado contas famosas no Twitter, incluindo a de Barack Obama e de Britney Spears, mas esquecendo de ocultar seu endereço de IP.
Ativistas criminosos
Os hacktivistas são criminosos virtuais motivados por crenças sociais, políticas, religiosas, ambientais ou pessoais. São manifestantes que utilizam uma série de ferramentas de software disponibilizada na internet para espalhar sua mensagem a um público maior.
Seu objetivo também não costuma ser o dinheiro, mas sim a atenção que esse tipo de ação atrai. Eles querem envergonhar ou criar momentos inconvenientes para seus oponentes, desfigurando sites, por exemplo.
Outras formas de hacktivismo incluem paródias de sites, blogs anônimos e salas virtuais e também podem entrar no modo de espionagem corporativa, caso isso signifique enfraquecer o oponente. Entre os exemplos de ações desse tipo, há o WikiLeaks, uma organização que publica matéria particulares, vazamento de notícias e delatores.
Objetivo: dinheiro
Os objetivos do eMugger são especificamente os ganhos financeiros. Por meio de malware, adware ou spam, manipulam a identidade das vítimas, usam números de cartão de crédito e roubam senhas. A contaminação via phishing e SEO foi usada, por exemplo, minutos após o terremoto do Japão, pedindo doações para uma causa falsa.
Já os criminosos mais fortes do mundo virtual são conhecidos como “Ninja Peso Pesado”, que estão atrás de muito dinheiro. O objetivo é conseguir dados confidenciais corporativos que podem ser vendidos a quem fizer a melhor proposta.
Esses criminosos se dividem em duas categorias diferentes: uma com uma visão de longo prazo, usando APT (Ameaças Persistentes Avançadas, na tradução para Advanced Persistent Threat), e outro grupo mais concentrado nos ganhos financeiros de curto a médio prazo.
Em 2009/2010 houve o ataque APT, apelidado de Operação Aurora. A ação foi direcionada a grandes empresas de tecnologia dos Estados Unidos, incluindo o Google e a Adobe. Acreditava-se que o ataque originou-se na China com especulações sobre envolvimento do governo. A Aurora explora uma vulnerabilidade de dia zero do Internet Explorer, com a meta de roubar IPs e alterar o código da fonte.
Guerra virtual
Por fim, os soldados virtuais são atividades governamentais, com o objetivo de invadir computadores ou redes de outros países para causar danos, dificuldades ou explorações, para de alguma forma reduzir a capacidade militar do oponente. São hackers altamente especializados, bem qualificados e super habilidosos.
A guerra virtual já foi descrita como o quinto domínio da guerra. O próprio Pentágono já reconheceu formalmente que o espaço virtual é tão importante quanto as operações militares em terra, no ar e no espaço.
Acredita-se que pelo menos 100 países já possuem meios de usar a internet como uma arma e atacar mercados financeiros, sistema de informática do governo e serviços públicos.
FONTE: http://www.infomoney.com.br
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