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Veja como perceber que é hora de reinventar o negócio

Uma empresa é um organismo vivo, que, ao longo do tempo, tem de naturalmente sofrer modificações. O empreendedor deve estar atento a isso e pensar em .... Foto: Shutterstock /Especial para Terra
Uma empresa é um organismo vivo, que, ao longo do tempo, tem de naturalmente sofrer modificações. As mudanças podem incluir a definição de novo foco ou a escolha de um outro modelo de negócio, situações que geralmente acontecem quando o mercado já não tem espaço para o produto ou serviço comercializado. 

Esse é o caso, por exemplo, das videolocadoras, das lojas que revelavam fotos analógicas e das lan houses. Boa parte destes empreendimentos fechou as portas, mas existem aquelas empresas que, com ajustes, conseguiram sobreviver e se reinventar. E tão importante quanto se adaptar às mudanças é perceber a hora de fazê-lo. 

O envolvimento com um negócio, especialmente os de pequeno porte, ultrapassa questões financeiras. É algo também de caráter emocional. "Falta a alguns empresários a frieza necessária para entender que aquele modelo de negócio que eles tinham pensado e se dedicado por alguns anos não tem mais espaço no mercado. É uma sensação de sonho frustrado", explica Rafael Duton, professor de empreendedorismo do Ibmec-RJ. 

Indícios de que não há mais espaço no mercado



O empreendedor deve ficar atento a três tipos básicos de mudanças: as tecnológicas, as de caráter legislativo e as sociais e demográficas. Ele precisa, por exemplo, se antecipar à tendência de envelhecimento da população, ao surgimento de novas regiões ou ao desuso de certas tecnologias. 


"Até mesmo grandes empresas às vezes têm aversão às mudanças e ficam paradas no tempo", diz Rafael. Ele cita o caso da rede de videolocadoras americana Blockbuster, que foi a falência depois que os downloads e a pirataria dominaram o mercado. 

Os sinais das mudanças do mercado têm aparecido cada vez mais rapidamente, afirma Rafael, mas isso não significa que elas aconteçam de fato de uma hora para outra. "Dá para se preparar, sim", opina. 

Um problema recorrente é a própria forma como as empresas nascem. Na maior parte dos casos, os empresários criam produtos ou serviços para depois verificarem a demanda. "Eles desenvolvem soluções e saem em busca de um problema, quando deveria ser feito o contrário", explica Rafael. 

O que fazer 

Cada negócio se adapta de uma maneira às variações do seu setor de atuação, mas existem algumas medidas que são válidas para todos. Uma delas é diversificar e aumentar o mix de produtos. Uma lan house, por exemplo, não pode mais ser apenas um espaço de conexão banda larga, já que o serviço está cada vez mais popular. "Ela tem que adotar o modelo de loja de conveniência virtual. Possuir impressora, escâner e um profissional que saiba de informática para auxiliar os usuários", recomenda Rafael. 

Outro caminho é romper o que o professor chama de "barreiras". A primeira delas se refere ao obstáculo do conhecimento. Nesse sentido, o empreendedor tem de pensar em como ele leva seu produto para pessoas que não possuem conhecimentos básicos para operá-lo. 

É possível também quebrar a "barreira de riqueza", ou seja, ajustar o produto e vendê-lo para outra camada social, diferente daquela para a qual ele foi pensado originalmente. Existe ainda a "barreira do tempo", que é rompida quando a empresa encontra meios de tornar o seu negócio mais conveniente. 

"Às vezes, a necessidade de tal produto ou serviço não morre, mas o que muda é a maneira como os clientes querem consumir aquilo. O desejo de ver filmes ou tirar fotos não deixou de existir", aponta Rafael. 

A superação de todas essas barreiras significa a exploração de novos nichos de mercado, já que não é raro que determinada tendência esteja ultrapassada para uma parcela dos clientes, mas não para todas.

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